O que quer que façamos de nossa existência não pode ser mais um passo para o esquecimento. A vida, muito mais do que uma simples palavra, e palavra pouca para expressar esse momento, precisa de conteúdo. Nela tudo em tudo se transforma ante a história.
Não são poucos os que cumpriram a sua parte diante das gerações futuras, numa visão mais positivista, nem tão poucos aqueles que tentaram impedir o progresso em inconcebíveis atitudes. Cada qual que faça a sua parte, como a fábula contada pelo sociólogo Betinho, onde um beijar-flor, sozinho, tenta apagar com pequenas gotas de água um incêndio na floresta. Ainda que não consiga, faz ele a sua parte.
Para uma visão mais construtiva, citemos Madre Tereza, em um de seus relatos mais expressivos, "sempre foi no fim das contas entre você e Deus, nunca foi entre você e as outras pessoas". De fato, a nossa percepção individualista tende a pensar a vida como um movimento do tempo incoerente. O prazer fútil encobriu as lacunas deixadas pela falta de amor próprio e da fraternal amizade, que muito bem falou o poeta do povo, Vinicius de Moraes.
Todos esses são nomes de pessoas que cumpriram esta etapa da vida, marcando com certa ternura o seu momento. Faça a sua parte e estes os serão tão pares que lhes legarão a própria eternidade.
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