Saudações!

Sem a pretensão de ser mais um espaço conclusivo, mas de permuta clandestina de sensações e reflexos da mística desse mundo, espero que este lugar crie e seja criado como algo que nada baste, mas que conclame a imperfeição de seres na busca do elo singelo das relações.

Para quem desconhece o termo famigerado, provém do latim famigerátus e quer dizer aquele que divulga notícias ou que é afamado. No entanto, é nas palavras de Guimarães Rosa que me sirvo para incorporar algo de dúbio em um de seus contos mais "afamados".

Um abraço a todos e sejam bem vindos!


31 de julho de 2007

Do desejo e da felicidade


Há um primeiro alento que se falar. Apressar o passo diante do cerco. Sobreviver a infâmia desgarrada da angústia, de tudo que nasce do eco imoral dos desejos: o consumismo.

A cria dos elementos que sustenta o vício pessoal, o pequeno entrave para externar-se ao mundo, para além das grades e paredes de um corpo em geração ou decadência.

É o sabor da liberdade, meus caros, que foge por entre as sinopses da mente. Ser liberto, é uma questão de ser inteiro. De bastar-se. Sê livre, pois que ninguém diante do vazio deveria suspirar por algo que não precisa; pelos sonhos de outrem; pela sugestão do supérfluo; pela ilusão provocada na interpretação dos próprios olhos.

Sondar a felicidade alheia é saborear o ácido que emana da própria boca. Pior, sabendo tratar-se de um sentimento sob medida. Carregará em suas costas a memória infeliz do desejo frustrado. Desejo este, que nem deveria existir. Ao contrário, consumar o caminho daquilo que se é feito: o pleno sentimento de incógnita.